Gerações, por sua definição, é um conceito social que agrupa um conjunto de indivíduos que nasceram num determinado intervalo de datas e compartilham uma experiência cultural geral do mundo.
Estes que pertencem a esta geração são diferentes de todos os que vieram antes, muitos autores acreditam que a Geração Y irá mudar radicalmente o mundo.
Esta Geração Y refere-se aos indivíduos que nasceram na década de 80 (outras fontes defendem um alargamento que pode ir desde o ano de 1972 até ao ano de 2003).
A sua linguagem é única, muito difícil de imitar pois exige uma pertença difícil para quem está de fora e é muitas vezes dominada por um ‘nonsense’.
A sua atenção é mais difícil de agarrar, aborrecem-se com facilidade, exigem imediatismo pois a mudança está à distância de um clique.
O que eles consideram importante são os seus pares, os da sua própria geração. Estão continuamente ligados a eles e só por eles são influenciados.
Mas a característica que impulsiona muitos autores a referir-se a esta geração como aquela que mudará o mundo é que a Geração Y tem opinião. Pior que isso, tem muitas opiniões. E muda constantemente e rapidamente de opiniões. É fiel à opinião dos amigos e pouco fiel às marcas. Os seus grupos estão em constante mutação e interacção: desde os bboys, até aos emos, passando pelos hardcore, punk, metal, góticos, alternativos, etc.
Eles são criativos pois desenvolveram-se numa época de grandes avanços tecnológicos e prosperidade económica. Não criativos de uma maneira ordenada e fácil de compreender, mas numa lógica de nonsense sem limites. Isso significa que eles estão ao mesmo tempo voltados para alta performance e a alta manutenção.
Os seus pais, querendo contrariar o seu próprio passado, encheram-nos de atenções, presentes, actividades, estimulando a sua auto-estima. Cresceram a realizar múltiplas tarefas e foram habituados a conseguirem o que querem, não se sujeitando às tarefas subalternas de início de carreira, lutando por salários ambiciosos desde cedo.
Desde o início do novo milénio que presenciamos uma força de milhões de pessoas que, pela primeira vez, entram nas suas profissões e tomam o seu lugar no mercado de trabalho incrivelmente multigeracional.
ÁLVARO DE CAMPOS | De La Musique
Há 6 anos
