Sobre o referendo de dia 11...

 'Então, dia 11 vais votar naquela cena do aborto?'
 'Ah e tal... Ainda não estou muito informado, ainda não estou decidido...'
 'Mas isso é fácil, fazes uma pesquisa rápida ali no google, primeiro podes ver qual é a lei actual em relação ao aborto, depois podes ir a sites do lado do sim e do não para tomares partido das várias opiniões. Decide-te e vota sim ou vota não, mas vota!


Desde bem cedo quero deixar bem claro que sou a favor à vida. Assim como não sou a favor da penalização das mulheres, pois cada pessoa é um caso e nunca poderei saber o que se passa na vida dessas mulheres que as leva a cometerem tal acto.

Por que será que uma mulher iria realizar um aborto ilegal? Bem, só no caso de questões financeiras. E quem, por seu grande poder pode dar ou tirar (por diversos meios) dinheiro aos cidadãos? ....a...essa é dificil...o estado? É claro, o Estado!
Ora que solução mais fácil para o Estado: em vez de arranjar apoio e ajuda financeira à futura mãe, despenaliza-se o aborto e acaba-se assim com aquele pequeno problema.

Isto é correcto? Eu não creio e deste modo no dia 11 de Fevereiro de 2007 eu votarei não!
 'És do lado dos padrecos, heim?'
Não, este referendo não é partidário nem religioso, este referendo é uma opção única e pessoal, no qual todos nós devemos participar com o máximo de informação possível!
 'Vais votar não, é? E não pensas nas mulheres que são presas por fazerem abortos ilegais?'
Claro que penso mas como disse antes, essas mulheres, a meu ver, não necessitam de matar os seus filhos, não necessitam de perder a sua dignidade, nem sofrer a vida toda arrependidas do que fizeram. Essas mulheres devem ser acompanhadas e ajudadas.
 'Ah, mas essa ajuda ainda não é suficiente para que possam cuidar do filho após o parto, não é?'
Pois aí existem as instituições de adopção e de apoio ás mães!
 'E tu achas que uma mulher iria colocar um filho seu numa instituição? E se só não pudesse cuidar desse filho? Teria um filho numa instituição e os outros consigo? Não era muito justo!'
A morte então será a solução?Como é que pode a morte ser solução de alguma coisa?A vida é sempre preferível à morte!
 'Mas um aborto não é uma forma de morte, é só uma descarga de um bocado de carne!'
Um bocado de carne? Estamos a falar do fruto entre dois seres humanos, não estamos a falar de um cancro que se alojou no nosso corpo!
 'Mesmo assim é preferível o aborto do que as mortes dos bebés nos caixotes do lixo, não?'
Não! É exactamente a mesma coisa só que, como diz o ditado: "Olhos que não vêm, coração que não sente." De uma forma ou de outra estamos a cometer um crime contra um ser humano. Acredito que com esta lei o aborto atingirá uma liberalização jamais entendida. Digo isto por duas razões. Imagino casais que discordam quando a matéria são os filhos e, para que o casal não se separe, a mulher faça um aborto com o desconhecimento do companheiro pois com esta lei o companheiro 'não é pr'áqui nem achado!'
 'Então! O corpo é da mulher, ela é que vai sofrer!'
E o filho surgiu por obra do Espírito Santo, não? Ela não o teve sozinha, e tanto homens como mulheres têm o mesmo direito.
Outra razão é o facto de as mulheres poderem realizar o aborto, sem ter nenhuma razão em especial, ou seja, veremos o aborto como um contraceptivo 'fora do prazo'.
 'Isso é mau caso aconteça...'
É este poder que receio seja dado à mulher caso o sim ganhe!
 'Muito bem, estou muito mais informado. Mas claro que este é só o lado do não, o que pode estar certo ou não!'


De todas as formas, qualquer que seja o resultado deste referendo apenas quero apelar aos nossos ministros e afins que não deixem de procurar ajudar aqueles que mais precisem, assim como as mulheres que, não vendo outra saída, sujeitam-se à interrupção do único sentido da vida: a própria Vida.