De certo que já ouviram e já participaram em conversas sobre a 'grande injustiça' que se passa no ensino: a avaliação dos professores.
Pois eu começo a ficar um pouco farto da conversa e dos e-mails que mandam para que todos conheçam tal 'injustiça'.
Em primeiro lugar, observem os países 'mais evoluidos' do que o nosso. Observem o seu sistema de ensino, observem como eles estão à nossa frente. Observem como é que os alunos são avaliados e como o são os professores.
Depois, quando se manisfestarem, não o façam contra a avaliação dos professores, proponham sim, outro modelo. Porque este não é perfeito, de certeza, mas o seu objectivo é claro e necessário: melhorar o nível de ensino.
A avaliação é uma necessidade essencial! Em toda a nossa vida seremos avaliados pela família, pelos amigos, pelos professores, pelos colegas, pelos patrões, e até por nós. E será essa avaliação que nos fará progredir, mudar, evoluir. É o nosso derradeiro objectivo neste mundo: caminhar para a perfeição, mesmo estando sempre longe!
Apesar de muitos não o saberem, os professores são os modelos de muitas crianças e jovens, são seus educadores, eles transformam a sociedade. Não é de animo leve que se deve escolher a carreira de professor, não é por não ter emprego na área, não é porque se recebe mais, não é por ter mais privilégios, etc. A carreira de professor necessita de vocação, de competências específicas. É este um dos grandes males do ensino e de muitas outras profissões.
Pessoalmente, sempre tive a sorte de ser um bom aluno, mas isso não foi o suficiente para que não me apercebesse da diferença entre os professores vocacionados e os que o não eram. O gosto pelas disciplinas, o interesse, o aplicar-se, tudo depende da forma como o docente transmite o conhecimento e como lida com seres em formação. Quantas vezes 'apanhei' professores em diálogos:
a: ...mas nós não demos esses conceitos!
P: Eu quero lá saber se tens as bases para esta matéria ou não!
P: Têm 5 minutos para fazerem o exercício.
a: Professor, tenho aqui uma dúvida. Aqui neste exercício.
P: Ainda não sabes isso? Já falei várias vezes na aula sobre isso, por isso despacha-te!
O exemplo mais completo do que disse é o recente caso da
professora de história (não vocacionada). Assim como o caso da rapariga que enfrentou a professora pelo seu telemóvel pessoal, também este foi notícia. A professora falava de sexo com os seus alunos de forma intimidatória e com ameaças. Durante anos o ensino tinha uma professora não vocacionada e que só foi denunciada quando um aluno gravou a sua aula, bem feito.
Enfim, há Professores e professores...
Mas uma coisa é certa, a mudança para um futuro melhor causa aversão, mas é necessária!